Foi uma guerreira indígena natural de Apodi/RN, pertencente à tribo dos índios Tapuias Paiacus.
A notícia da existência de Cantofa na serra de Portalegre se espalhou e o
povo foi à procura de Cantofa. Debaixo de um frondoso cajueiro, dormia
ela a sesta quando foi despertada pelo povo. Abrindo um pequeno
oratório, ajoelhou-se aos pés do Cristo Crucificado e começou a rezar o
ofício de Nossa Senhora. Jandy, banhada em lágrimas, pedia perdão ao
povo, perdão para sua querida avó. Um dos algozes vendo o pranto de
Jandy e as rezas da velha cabocla diminuíam a satisfação do seu extinto
sanguinário, aproximou-se dela e quando a velha rezava a coluna: “Deus
vos salves relógio, que andando atrasado serviu de sinal…”. Cravou o
punhal no peito da anciã que caiu fulminada e levada em sangue. Jandy
caiu desmaiada aos pés da sua avó. No dia seguinte, Cantofa foi
sepultada no mesmo lugar onde foi assassinada. Jandy não mais foi
encontrada e não se sabe o seu destino.
Segundo a tradição popular, o local da morte de Luíza Cantofa
corresponde àquele local onde hoje existe a chamada Fonte da Bica
distante cerca de 400 metros do centro da cidade de Portalegre. Afirma a
tradição popular que, durante muitos anos, o lugar do falecimento da
velha Luíza Cantofa ficou mal-assombrado. Algumas pessoas que dali se
aproximavam, ouviam claramente uma voz a rezar o Ofício de Nossa
Senhora.
Luiza Cantofa é patrona de uma pequena rua, localizada no Bairro IPE, bairro que dá acesso à entrada da cidade.
FONTE - TUDO DE APODI